sexta-feira, 14 de junho de 2013

Um falso rico



Após uma jornada na feira do Paraguai para comprar a armação dos meus óculos de grau, começa outra para fazer o orçamento das lentes.

Vou a primeira loja com um preço razoável, a segunda o valor está na média, e a terceira o custo foi exorbitante, R$ 170. Falo para atendente:

- Consegui as mesmas lentes por R$ 110.

- Ah, mas eu posso fazer um desconto para você, apesar de você não precisar.

- Como assim não preciso?

- Você está usando Ray Ban, roupas bonitas e tem cara de rico.

- Minha gata, tudo são doações (o que não é mentira) e obrigado pelo cara de rico.

Sai da loja sem levar as lentes, rindo da situação, e reparando a cor dos meus tênis que estão mais sujos do que a avenida principal de Taguatinga Centro.

até breve. 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Frase curta


A pessoa vira para você e diz que tem uma maturidade de 10 anos a mais do que a sua verdadeira idade, o que isso significa? Nanismo

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Mulheres e suas cores


 Imagem da internet

Enquanto aguardávamos entrar na pizzaria, eu perguntei quem era o namorado da Paty? Minha amiga responde que era aquele com a blusa rosa pink, entretanto, eu disse que não estava vendo rosa pink, mas sim vermelho. 

- É por causa da luz – explicou a minha amiga.

Nossa, vocês mulheres adoram complicar as cores. Em seguida, eu perguntei qual é a cor do punho da camisa? Ela me responde com um ânimo:

- É coral!

- Coral?! O que seria uma cor coral? – pergunto contendo os risos.

- Ah,  é uma cor que mistura salmão, pêssego e rosa.

Fico confuso com as misturas e vejo como a minha palheta de cores são restritas as tonalidades básicas: verde, não consigo diferenciar um verde exército para verde um musgo; azul, fora azul turquesa, para mim são todos azuis; roxo, sem confusão com a roxa berinjela; branco, este sim é a mistura de todas as cores, não a como errar. Quer dizer, no máximo posso confundir o branco com a cor gelo, e o pior que existe essa cor.  

Depois do devaneio e as brincadeiras com as cores, entramos na pizzaria. Me deliciei com as pizzas sem me importar quais seriam as cores, mas sim os sabores oferecidos pelos garçons.

até breve...   

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

“Meninosexual” ou menino sexual?




Aconteceu na Ceilândia. Patrícia, assistente social, aguarda o próximo paciente a entrar em sua pequena sala. Passado alguns minutos, entra uma mulher, perto dos seus 35 anos com o filho de 11 anos ao lado se escondendo atrás da saia. Ela senta, cumprimenta a assistente social e dispara a falar:

- Doutora, to com um problema sério. Este menino – apontando para o filho – ele é “meninosexual”.

A assistente social fica surpresa com a palavra e pergunta:

- Ele é o quê?

- Doutora, ele é “meninosexual”, o pior de tudo, se o pai dele souber vai matá-lo. O que eu faço doutora?

Enquanto a mulher desabafa, Patrícia tira suas conclusões – ela deve confundir a palavra “homemsexual” relacionando a um homem, por isso, ela diz que o garoto é menino sexual.

Passado alguns minutos, a mulher sai e uma colega pergunta:

- Qual era o problema dela? 

- O problema é com ele que é um menino sexual e dá um sorriso! Depois disso ela chama outro paciente. 

PS: A crônica foi feita a partir de uma conversa com Cristiane Vasconcelos.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A lesma, o sal e o chefe

Imagem da internet


Forçosamente estou naquela reunião chata e com um chefe mais chato ainda, que não para de falar. Imagine aqueles chefes bem insuportáveis, prolixos, e o pior de tudo, extremamente prepotente e autossuficiente, o sabe tudo. As conversas vão e vêm, sem eira nem beira, fica dando voltas e quando ele começa a falar sobre o tema, de repente, ele muda o foco da conversa e pronuncia com aquela voz grave: sabe Ivan, o plano de categoria dos empregados robóticos, então, fui eu que fiz. O chefe diz com um sorriso levemente no rosto e esperando o espanto dos ouvintes.

Na ocasião, comecei a imaginá-lo como uma lesma gigante, aquelas marrons, deixando o seu rastro gosmento por onde passa. E eu pacientemente estou com um pacote de sal em minhas mãos. 

Cada conversa desnecessária jogava um pouco de sal. Cada autoelogio que ele falava, ia mais um pouco de cloreto de sódio nas ventas dele. Cada sorriso irônico ou galanteio inútil e supérfluo, opa, foi sem querer, é porque escorregou o sal das minhas mãos. Aos poucos, o molusco gigante ia definhando até sobrar àquela massa marrom, cheia de muco no meio da sala. 

Coitada das pequenas lesmas que sofrem com esse problema, elas são supersensíveis a desidratação. São o terror das donas de casa quando as veem devorando seus jardins, pomares e hortas, que fora cuidado com tanto esmero, rapidamente as donas de casa correm para a cozinha com um punhado de sal na mão e jogam nas bichinhas, e aos poucos elas vão derretendo.

Não sou psicopata ou um serial killer, muito pelo contrário, tento ser o mais paciente possível com as atitudes racionais (ou irracionais) dos seres humanos. Suas vaidades me incomodam, mas eu os deixo comerem seu próprio vômito. Mas quem nunca teve vontade de trucidar alguém indesejável? Com um soco, um chute na cara, ou até mesmo um tiro no joelho para o tal indivíduo nunca mais te esquecer.

Desperto do meu devaneio com chamada do chefe:
- “Ivan, Ivan, você concorda comigo?”
- “Claro”, respondo numa tranquilidade forçada. 


até breve...