Basta! Os manequins estão fora de cogitação. Hoje, o certo é ser incerto. Gosto das coisas incomuns, palavras chulas me levam ao êxtase. Os imundos me atraem. Quero pessoas sem máscaras ou maquiagem, as cicatrizes são mais interessantes. O sagrado não me atrai, o correto é ser lascivo.
Sem que percebamos, meticulosamente nos afeiçoamos de maneira involuntária. Quero as feridas mais profundas e as transformações mais plenas. A rebeldia é muito blasé. Expunham a originalidade, mas sem dedos apontados para os lados. Um pouco de pimenta no tempero, não faz mal a ninguém. Seja social, mas sem ser banal.
Cansei de morbidez humana. Os erros nos mostram como somos. A alma pecadora é a que procura rendição. Clamo a deusa Atena a sabedoria plena, para aguentar incólume esta dor. Enquanto puder, vou usar a borracha mais velha que estiver esquecida na gaveta, e ressuscitarei os fantasmas do passado. Quero que a lua seja cúmplice no barateamento da perfeição humana, que se espalha por uma névoa branca, a respiramos mas não sentimentos. As aquietações são desvendadas, aos poucos mortificadas ou quem sabe esquecidas. A partir de hoje, preparo-me para que venha o banquete de carne crua.
Inspirado no texto de Fernando Pessoa, poema Linha Reta
até breve
Quero pessoas sem máscaras ou maquiagem, as cicatrizes são mais interessantes...
ResponderExcluirAssim reconhecemos nossos mestres!
Nunca li esse texto de Fernando Pessoa, mas o seu ficou excelente. Tão bem feito, tão bem escrito e tão complexo! Amo aqueles que vestem a humanidade do humano e fogem das asas dos anjos. Sou humana, estou na terra, peco, erro, defeco. Longe da perfeição estou. E sigo, nessa condição, à procura de atingir o mais alto patamar, que é Cristo. Amei, Abs. Parabéns!
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