terça-feira, 30 de agosto de 2011

Amigos




Amigos estão unidos por laços invisíveis. Não os vemos, mas sentimentos e reencontramos em cada pensamento. Suas características, formas, cores, não importam. Lembrança! A lembrança é o que nos mantém firmes, junto com devaneios de ótimos momentos. Péssimos também, afinal, a construção da amizade é feito por tijolo a tijolo, como a construção de um muro. Mas esse muro deve ser firme para aguentar algumas intempéries que se formam durante o percurso. Podem-se passar horas, dias ou anos, mas estamos cercados por uma essência e, ao lado desta essência, há uma espera descomedida para que no próximo encontro digamos: Amigo!


até breve

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Cheiro de infância


Nossa, o bolo está crescendo. Isso me lembra do cheiro da minha infância. Quer dizer, várias coisas me lembram esses momentos. Balas sortidas, sorvete de morango, parquinho de areia, futebol, a primeira revista masculina (isso aos oito anos), fogueira. Nomeá-las seria impossível. Mas e você Théo, o que está na sua memória? Pergunta Mauro.

- Naftalina! Théo respondeu de maneira pragmática.

- Como assim naftalina? Perguntou Mauro assustado com a resposta do amigo. Porque aquelas bolinhas brancas fedorentas lembram sua infância? Afinal, aquele cheiro serve para afastar todos que estão ao seu redor. Só de lembrar me dá um asco. Eco! Responde Mauro fazendo cara de nojo e já começando a rir da conversa.

- Lógico que as naftalinas são marcantes. Todo mundo já usou naftalina nas gavetas e armários de suas casas. Se lembra de quando você era pequeno, a única forma de preservar as roupas daquelas pestes nocivas e desagradáveis: as baratas. O animalzinho asqueroso que é útil para esse mundo.

Para mim é marcante ver aquele colorido varal de roupas, dançando com o vento espalhando o cheiro de sabão em pó de maneira uníssona, se desfaz em poucos minutos ao se misturarem com as bolinhas fedorentas nas gavetas. Minha mãe sempre dizia com aquele sotaque do Sul: “Tu colocastes as bolinhas “cheirosas” na gaveta?” Depois começava a rir.

As minhas viagens são rodeadas por esse odor característico. O cheirinho me lembra as visitas de julho até o interior de Porto Alegre. Esse período em que as gotas de algodão flutuando até o chão. Formando paisagens maravilhosas. Antes disso, há aquele ritual de arrumar as malas e tirar todos os agasalhos das gavetas e com eles vinham às bolinhas e o cheiro peculiar que espanta qualquer um.

Minha avó adorava aquele cheiro. Na verdade, por onde ela passa deixa esse odor. Mas isso faz tempo, Dona Lurdes já faleceu há algum tempo. E o que me vem à memória? As bolinhas brancas que exalam o um cheiro desagradável, mas é o cheiro da minha infância, cheiro de recordação, cheira a saudosismo próximo a janela.


até breve

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Recomeço



Segundo o dicionário recomeçar: V.t. Começar de novo; refazer depois de interrupção: recomeçar um trabalho. Retornar a fazer qualquer coisa: recomeçar a chorar. V.i. Começar a ser, a produzir-se novamente: recomeça a chuva.

Isto é o que me define: recomeço. Depois de alguns anos parado, as palavras, pensamentos e ideais não me deixavam quieto. A todo passo que dava, eles estavam presentes, caminhando ao meu lado. Em tudo que via e ouvia vagarosamente navegavam no meu íntimo. Só me aquietava quando expressava estes sentimentos no papel, igualmente ficava aliviado.Vou refazer este percurso até que os dias sejam perpetuados na terra.

O porquê disto? Um dia me dei conta e refleti: não quero viver muito, mas quero existir o necessário para que descubra o porquê vim para este mundo. A partir de então “vou usando a escrita para me livrar daquilo que corrói e destrói por dentro.”

até breve