sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tossida na nuca

Eu realmente devo ter sido um FDP em outra vida ou as pessoas não estão sabendo se comportar dentro de um ônibus.

Durante a ida ao trabalho, estou tentando cochilar na penúltima cadeira do ônibus, uma mulher começa a tossir atrás de mim, e o pior de tudo, a tossida pegava na minha nuca. Na primeira vez eu relevei.
Passado alguns minutos, a cretina tosse pela segunda vez. Eu viro e peço educadamente:
- Por favor, coloque a mão quando você for tossir porque está tossindo em mim.

Mesmo assim não adiantou, foi a terceira, quarta, quinta, e na sexta vez eu não aguentei:
- Ou, coloca a mão porque você está tossindo em mim.

A ordinária responde indignada:
- Eu estou tossindo para baixo e eu não vou colocar a mão.
- Pode deixar que na próxima eu coloco a mão para você, sua porca mal educada...

Só sendo estúpido para as coisas funcionarem, depois disso aquela animal nunca mais tossiu.

#Brasil, um país rico é um país sem pobreza

até breve..

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Oh, Cleusa

National Geographic


- É a Cleusa, irmã do Genésio?
- Sim, é ela. Quem fala?
- É seguinte, sequestramos o seu irmão e queremos uma recompensa de R$ 2 mil. Enquanto o bandido falava, ouvia-se alguns gritos ao fundo da ligação.
- Ah vá se danar! Cleusa desliga o telefone e volta a atender na lanchonete do seu trabalho.

Passado alguns minutos, o celular toca novamente.
- Senhora, isto aqui não é uma brincadeira, seu irmão está com a gente e queremos uma recompensa pela vida dele, fala o bandido.
Tu tu tu tu, o barulho do celular. Novamente, ele retorna a ligação.
- Sua vaca, vamos matar o seu irmão, tá ligada sua comédia?

Desta vez, Cleusa desconfiada, dá papo para o bandido e finge acreditar na história:
- Mas onde ele está, ele tá bem, o que vocês vão fazer com ele?.  
- Eu já disse, quero uma grana em troca da vida dele. E novamente se escuta vozes de choro e desespero durante a ligação e pedidos de socorro.

Enquanto isso, Cleusa pede o celular da colega de trabalho:
-Francisca, me empresta o celular, é urgente.
- O que foi mulher? Aconteceu alguma coisa? Os clientes estão lá no balcão.
- Depois te explico. Deixe de conversa e pegue o celular. Cleusa calmamente se aproxima do cliente, você aguarda um minutinho, é porque eu preciso fazer uma ligação urgente. Vou pedir para a Francisca te atender.

Cleusa liga para o irmão, mas dá chamada indefinida. Novamente, ela tenta e a ligação não completa. E o que parecia uma certa tranquilidade, ela começa a ficar desesperada.
- Ou sua véia, tá me escutando? Eu quero grana. Que barulheira é esta? O bandido gritava no outro lado da linha.
- Peraí macho, vou para um lugar menos barulhento
Cleusa consegue completar a ligação e fala com seu irmão.
- Genésio, onde tu tá? Cleusa pergunta aliviada.
- Fala Cleusa, tô em casa, hoje eu ganhei uma folga do patrão.
- Ah tá, é porque tem um felá da puta passando trote dizendo que te sequestrou e quer dinheiro em troca.
- Que brincadeira é esta?

Cleusa explica toda a situação e pergunta:
- Tá tudo bem, né?
- Tá ótimo! tô bebendo uma cervejinha de leve. Manda esse cabra ir à merda.

Cleusa pega o outro celular e diz para o bandido:
- Faz o seguinte, pode matar o desgraçado. Eu nunca gostei dele... e mais uma coisa, vaca é a sua mãe. Desliga o telefone na cara do bandido.

No outro dia, Cleusa explica o que aconteceu para a Francisca e elas começam a rir. Mais tarde, enquanto elas assistem à televisão, o repórter fala a notícia: “Durante uma busca na penitenciária Junior Petrelli, foram descobertos celulares nas celas dos presos. Segundo o diretor da penitenciária, será investigado como os celulares conseguiu entrar na prisão”.
Cleusa e Francisca ficam sérias e assustadas com a notícia:
“Um dos presos admitiu que passava trote para as pessoas em troca de conseguir algum dinheiro, fingindo ser sequestradores”.
Cleusa olha para a amiga e diz:
- Pelo menos dessa eu escapei.
- Oh se não!

até breve...  

domingo, 12 de agosto de 2012

Crianças, sempre as crianças

National Geographic

Enquanto eu esperava a Cláudia Sousa, a sua sobrinha de três anos, Lívia, apareceu toda empolgada:
- Hiiiiigor, tio Hiiiiigor, olha o sapato que eu meu pai comprou no shopping amanhã.
Primeiro pedi um beijo e um abraço, depois eu olhava o sapato. Depois de nos cumprimentarmos, eu disse:
- Nossa, o sapato é bonito mesmo, mas quando seu pai comprou?
- Ele comprou amanhã!
- Mas você já está usando o sapato que ele comprou amanhã?
- Sim, não é bonito?
- É lindo. Beijos garotinha...
Depois do ocorrido, comento a história para a Cláudia, caímos na gargalhada e falo: crianças...

até breve...