segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Soldado do tempo

National Geographic

Quando as areias de Deus se movimentarem, irei despertar deste sono acordado. O processo está tão confuso, que os sentimentos vagueiam de maneira peculiar. Ou frenético, se achar melhor.

Sorte a minha que guardo a chave de marfim, onde está o segredo da nostalgia. Poucos vão entender o lado obscuro do Sol, a fim de clarear as idéias da lua. Poucos vão compreender a saudade.

Enquanto espero Chronos girar a roda, a chuva insiste em cair no meu quintal, alagando as azaléias vermelhas que cultivei na minha puberdade. Uma por uma, flor por flor, vão caindo. Até sobrar o céu cinza negrume.

São mais de três horas da manhã. Fantasio reflexos na parede. Olho para a direita e vejo a fiel companheira de solidão. Astuta. Me encara com os seus grandes olhos marrons noturnos. Se cansa de olhar e volta repousar em sua intrepidez. Como uma sentinela atenta a qualquer espia, jamais desgruda do canto da minha cama. Este mesmo lugar onde irei repousar minha fraqueza.

até breve...

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